segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Reencontro

A lua quase cheia
O copo quase vazio (risos)
Um violão, um violino, uma flauta
Um vento frio, o calor do vinho

No caminho, vagalumes
Na estrada, diversidade
Nos nossos rostos, o sorriso
Nas nossas palmas, felicidade

Diante de tanta beleza, uma nova história começou
Musicas se entrelaçaram, olhares cúmplices brindaram
almas dispostas se encontraram (ah, as amizades...)
e o cuidado brotou

Diante de tantos símbolos, Cada um contribuiu
Diante de tanta verdade, cada um consentiu
Diante de tanta poesia, senti um arrepio
E diante de tanta doçura resgatei o que sumiu

Dominique Meirelles
04/01/2010

Foi o vinho


“Foi o vinho”
o vinho é usado como desculpa

“para tomar um vinho”
como pretexto

“combina com vinho”
como complemento

ele sempre está presente nos dias dos namorados, nos encontros com amigos, no Natal, na confraria com as amigas, enquanto prepara o almoço de domingo, enquanto se arruma para sair na sexta a noite. Esteve até na Santa Ceia!

Forte, cor de vinho, aromático, saboroso, brinca com língua, delicia os pensamentos, aquece a alma, o corpo, os sentidos, o prazer. Faz rir, faz brindar, faz falar de coisas íntimas, faz chorar, faz gargalhar, faz _ _ _ _ _ _ _ (...), faz ter vontade de um monte de coisas (...), faz pigarro, faz a boca ficar roxa (em alguns), faz lembrar, faz esquecer, faz sarar, faz magoar, faz sentido (ou não), faz bem, faz corar, faz ressaca, faz sonhar, faz dormir, faz escrever.

Ele aguça, desperta, liberta, provoca, embriaga de um monte de sensações. Faz bem ao coração, aos músculos, ao sorriso, à poesia, aos encontros, aos desencontros, à magia, aos rituais, às sextas-feiras, terças, quartas, domingo na missa.

Ele combina com queijo, com beijo, com cheiro, com desejo, com festejo, com estar inteiro, com pão e azeite, com taça, com cortiça, com marcas, com descobrir, com encobrir, comigo.

Bebe-se vinho todos os dias.


Dominique Meirelles
um dia desses de novembro/2009