sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Pós Quarta- feira de cinzas

Seguindo em frente mais uma vez Deixando pedaços e um tanto de sentidos Reformulando conceitos e possíveis relações Arrumando a bagunça interna que sua intensidade a colocou Tentando resgatar tudo aquilo que discursa e defende Voltando a antigos bons hábitos, largando uns tantos prejudiciais Relaxando alguns aspectos concretos Concretizando alguns subjetivos sonhos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Careta

Cara que dá medo Cordas para enforcar Boca cor de sangue Olhos de chorar Sou aterrorizador, tenho cara de mau, boca aberta bem vermelha e uma corda nas mãos. Uma corda cheia de nós... e posso fazer isso com a sua garganta se chegar perto porque sou muito poderoso e cruel. As luvas vieram dos meus ancestrais, os cordeiros de blocos. (mentira. É que a autora não resistiu a piada) Mas o que me chamou mais a atenção foram os olhos dele. Por trás de toda essa indumentária o real está lá. Um olhar forte, talvez triste. No carnaval vestimos máscaras para nos esconder ou tiramos as máscaras e mostramos aquele Eu abafado pelo dia a dia opressor? No carnaval os tímidos gritam, os quietos dançam, os que bebem, bebem mais e todos se fantasiam de alguma forma, nem que seja atrás de um sorriso maior e uma vontade de liberdade. Tem os que fogem, os que se escondem, os que não se assumem ou os que resolvem se assumir. Tem os que amam, os que correm, os que trabalham para a festa fluir. Mas todos em algum momento cantam de olhos fechados e braços abertos. Dentro do seu mundo meio máscara, meio mundo, meio você, meio eu, meio tudo, meio nada, em algum momento o coração acelera, a cabeça voa e as sensações se eternizam. E os olhos continuarão tristes?